Sydney
No primeiro dia esperava-se a chegada de uma tempestade. Acordei com um sol radioso e não pude deixar escapar a caminhada até à famosa Opera House, não fossem os restantes dias piorar. De facto esta caminhada transporta-nos até à cidade dos postais e das fotografias que os nossos amigos nos mostram. Atravessei o enorme Royal Botanic Garden, onde o verde se perde na perfeição do tecto branco da Opera House. Parei e sentei-me num dos muitos bancos que o jardim tem voltados para o harbour. Este emblemático centro de espectáculos abre-se ao Rio sobre a forma de caravela e, juntamente com a Harbour Bridge, forma um conjunto que irá ficar na minha memória durante muitos anos. Quão sortuda sou por poder ter estado sentada a observar mais uma das maravilhas que o mundo tem. Rapidamente estou à porta. Começo a observar a quantidade de turistas que sobem a escadaria, percorrem as ruas de Circular Quay e param para tirar fotografias. Perco a vontade de parar para esse propósito, mas na verdade sou mais uma turista que se acaba por render e traz a recordação de Sydney para mostrar aos amigos e família.
A caminhada prolonga-se por Circular Quay, um dos principais pontos de partida para comboios e barcos, até ao Bairro The Rocks. Pelo caminho, há tempo para visitar o Museu de Arte contemporânea, cuja entrada é gratuita. A zona portuária está cheia de glamour, a fantástica vista para a Opera House e os diversos restaurantes nas recuperadas campbell’s storehouses, tornam o principal ponto de troca comercial do século XVII, num centro de lazer e relaxe para os habitantes e turistas de Sydney.
Caminhar para o centro da cidade significa entrar no rebuliço característico das grandes cidades. O comércio é activo e as promoções semanais (sim, a Austrália está sempre em saldos) despertam o consumismo. A correria é notória em Sydney. No entanto, depois de um dia de trabalho, há tempo para descontrair em qualquer um dos pubs que preenchem as grandes ruas e transformam a cidade num típico final de tarde em Londres.
Os mercados são inúmeros e para todos os gostos. Os mercados de rua são, maioritariamente, aos fins de semana e têm lugar em qualquer um dos bairros da cidade. Para os turistas, há sempre a opção do famoso Paddy’s Market, que contempla as mais diversas bancas com os famosos souvenirs australianos, durante toda a semana. Aqui sim, não pude deixar de comprar o famoso boomerang, entre outros souvenirs para a família. Uma vez estando em Sydney aproveitei fazer uma longa caminhada e ir ao Fish Market. Um ambiente de lota e com cheiro a pesca, cheio de restaurantes onde o cliente escolhe o peixe ou marisco que quer e senta-se num ambiente diferente do usual. Como jovem viajante que sou, apenas fiquei com água na boca.
Numa manhã em Kings Cross perdi-me nos bairros de Darlinghurst, Paddigton e Surry Hills. Bairros caracterizados pelas varandas das casas vitorianas e por uma atmosfera tipicamente inglesa onde predominam Coffee shops, pubs, comércio tradicional e uma quantidade enorme de bons e apetitosos restaurantes.
Um outro passeio que não se pode deixar de fazer, para além da típica Bondi Beach, é apanhar o ferry até Mainly Beach. Praia onde dizem ter surgido o surf na Australia. Este ferry cruza todo o harbour e proporciona uma vista única sobre a Opera House e a Harbour Bridge, bem como por todo o rio. A praia tem uma cultura própria de surf e super agradável. No regresso tive a oportunidade de ver todo o espectáculo de luzes vivid. Este espectáculo preenche toda à área à volta de circular quay, incluindo estação, Opera House, Museu de Arte Contemporânea e Costums House. Apesar de já ter visto o espectáculo em terra, poder observar através do rio a vasta multidão e as imensas cores à volta do harbour, foi uma sensação indescritível.
Sydney é certamente uma cidade para voltar com outros meios ;). Há muito mais para aproveitar e desfrutar.