Montanhas, trekking e muita aventura. Arequipa e Canón del Colca.



Arequipa está situada no sudoeste do Peru e o centro histórico é considerado património cultural da humanidade pela Unesco devido à sua  arquitectura colonial tão diferente das principais cidades do Peru, Lima e Cusco. As fachadas são em pedra branca geometricamente trabalhada e sem os tradicionais balcões em madeira deixados pela colonização espanhola, mas sim arcos e abóbodas. Para os peruanos, vir de viagem a Arequipa significa boa comida. A gastronomia ariquipenha é um dos pontos fortes, não tanto para os turistas e backpackers que utilizam Arequipa como ponto de passagem, mas mais para os locais. Por aqui ainda não tive a oportunidade de comer muitos dos deliciosos pratos sem ser o bife de Alpaca, mas no festival mistura em Lima foi possível provar o tradicional ‘Chupe de Camarones’. O tradicional 'queso helado' também se pode encontrar em lugares característicos, como se pode ver na fotografia e é delicioso. 





A cidade de Arequipa é o ponto de passagem obrigatório para o famoso trekking no ‘Canón del Colca’ (Canhão de Colca). Este canhão é o segundo mais profundo do mundo mundo que alcança até 4160 metros de profundidade. Há os mais diversos treks e visitas de 1, 2, 3 ou 5 dias. Optei pelo trek de três dias, mais relaxado e com tempo para aproveitar as piscinas, absorver a paisagem e a cultura locais. Custou 210 soles, aproximadamete 60€, incluíndo o bilhete turístico que custa 70 soles. Este tour permite a explicação sobre as rotinas dos povos da região de Colca, que assim tem o seu nome devido à junção de duas fortes culturas pré-incas, Collahua e Cabana. Hoje, ainda é possível observar os trajes típicos nos seus residentes, o que torna a experiência única. Dormir nos alojamentos locais e presenciar os seus modos de vida, leva-nos a viajar no tempo. A verdade é que há diversas vilas dentro do canhão e os seus habitantes vivem do que a fértil terra lhes dá, através de tradições e costumes que advém das culturas inca e pré-inca.  Simplesmente não consomem o que a sociedade moderna lhes oferece. Não precisam. Fazem as suas próprias bebidas, curativos e medicamentos. 


A riqueza que adquiro pelo contacto com estes rituais, tradições e costumes é única e difícil de transmitir. Espero que consigam ter uma ideia. Amanhã sigo para Puno, para as ilhas flutuantes do lago Titicaca. 










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