Melbourne
Dedico parte da viagem para Sydney a escrever sobre Melbourne. Entre a viagem pela Great Ocean Road e a Philip Island foram 4 dias cheios de paisagem e cultura. Agora é tempo de relaxar e surfar na agradável vila de Gerrigong, onde estou confortavelmente instalada na casa da Lilly Pollard =).
Ao Chegar ao centro de Melbourne, inevitavelmente penso: voltei à Europa. Notório o estilo vitoriano. Uma cidade que procura fugir às tendências e alberga as suas raízes no passado colonial. Hoje conjuga na perfeição as linhas modernas com todas as características de antiga capital. Um conjunto que forma uma atmosfera cosmopolita e frenética. Melbourne abre portas à criatividade e à arte. Os centros de exposições, espectáculos e galerias são incontáveis. São inúmeros os becos sem saída onde os artistas de rua procuram expor as suas ideias. É raro não encontrar uma parede escondida que não esteja pintada. O que mais me chamou à atenção foi encontrar estes artistas a preparar os seus projectos em pleno dia numa qualquer rua, como vi na Collins St, uma das ruas mais movimentadas e com mais comércio da cidade.
É impossível passear pelas ruas de Melbourne e não parar para beber um café nas agradáveis coffee shops, que tal como a cidade, procuram enquadrar o estilo da época colonial, criando subtilmente um aspecto pitoresco, que eu adoro. Caminhar pelo frio à descoberta da cidade e acabar no bairro de Fitzroy a beber um capuccino ou um breve almoço, dá energia para o resto do dia de caminhada. Caso o cansaço vença, há sempre a hipótese de apanhar o eléctrico (free circle tram) e percorrer a cidade sobre outro ponto de vista.
A cidade está embebida num estilo próprio e “vintage”. Para quem vai com tempo e, claro, dinheiro, aconselho a perder-se nas lojas de antiguidades, “wine houses”, restaurantes, galerias e museus. Tudo o resto é praticamente gratuito e acessível.
Inevitavelmente, como em qualquer cidade australiana, a influência asiática é enorme. Os restaurantes chineses, as lojas de conveniência coreanas ou os próprios japoneses que cruzam as ruas da cidade transformam Melbourne num agradável “melting pot”.
Estando em Melbourne é quase obrigatório percorrer a Great Ocean Road e, claro, ir até à Philip Island. A estrada que vai de Bells Beach, (praia internacionalmente conhecida para surf) até à cidade de Vitoria, está cheia de atracções e paisagens de cortar a respiração. No entanto, não deixa de ser o normal passeio dos tours organizados. Daí, tornar-se obrigatório ir até Philip Island. Uma pequena ilha cheia de vida selvagem e paisagens virgens, onde o silêncio da natureza predomina.
