De volta ao Pacífico




Já passou uma semana e tenho uma imensidão de notas para ordenar e dar vida. Tantas que vou ter de voltar a escrever sobre os mais variados temas. Nunca pensei que num tão curto espaço de tempo conseguisse adquirir tamanha riqueza. Não se paga, não tem valor. É algo que partilho, mas só eu sei o quanto me preenche.  

Não sabia por onde começar e pensar no título ajudou. No início deste ano não sabia como seria a minha vida, mas o mundo é a porta para o despertar da minha essência e rumar à América do Sul tornou-se real. Hoje numa praça em Miraflores tenho tempo para ler e escrever. De facto, a minha pessoa não consegue estar parada e desde que cheguei a Lima ando no meu normal rebuliço. Não importa, é o que me dá vida. Acredito! A perspectiva da distância não me afasta, pelo contrário torna-me mais conhecedora de mim mesmo e por isso mas próxima dos que gosto. Espero por vocês, aqui.

Tive a sorte de reunir alguns contactos no meio do bodyboard e tenho andado de um lado para o outro à procura de ondas, mas não só. Constato que o Peruano é orgulhoso da sua origem, dos seus costumes, do seu país e com toda a certeza da sua gastronomia, o que fez com que não só tenha andado à procura de ondas como a ser guiada por bons restaurantes e atracções. Quanto à comida irei escrever brevemente, porque chega para um só artigo e hoje abre ao público o festival ‘Mistura’, o festival gastronómico onde estão os mais diversos e conceituados restaurantes do Perú a bons preço, que tive a oportunidade de ir ontem a pré-abertura.  O mar tem estado pequenino pelo que o surf tem sido para recarregar energias, embora as expectativas estejam bem elevadas! Também já me inscrevi num shala, para poder dar continuidade à prática de Ashtanga, que por muita sorte, fica perto de casa.  

Sinto-me privilegiada e a viver distintas vidas. A vida do estudante em intercâmbio que conhece o grupo de estrangeiros da universidade, da residência e dos restantes amigos, que fala francês, inglês e espanhol num ambiente multicultural. A vida do local que tem a sua rotina de ir ao surf de manhã, trabalha e vai conhecendo os bons restaurantes e bares. A vida do turista que acaba de chegar ao país e ainda se perde nas ruas, procura com um mapa os locais que interessa e está constantemente a ver novos atractivos. Na verdade estou noutro continente e de volta ao Pacífico :)

Próximo post ... Marcahuasi, as montanhas sagradas de Lima. 




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